pobres famintos
que subestimam migalhas
e nem sabem do banquete,
que nunca viram restos,
da fartura, nem cheiro sentem.
pobres famintos
só veem sombras e sobras
onde a fogueira acende;
cuja maior dor não é fome,
mas a cegueira latente.
pobres famintos
em trapos rotos de seda
repousam corpos e traumas
e esperam o pão e a esmola.
pobres famintos morrem de alma.
Ao estômago de cada um, um preço faz a digestão de si próprio…