pobres famintos

pobres famintos que subestimam migalhas e nem sabem do banquete, que nunca viram restos, da fartura, nem cheiro sentem. pobres famintos só veem sombras e sobras onde a fogueira acende; cuja maior dor não é fome, mas a cegueira latente. pobres famintos em trapos rotos de seda repousam corpos e traumas e esperam o pão […]

alma à deriva

minhas mãos se revelam para decorar suas linhas. suas mãos ainda preferem o pulsar que me mantinham com sua voz a sussurrar os seus sonhos projetados, a verdade que procura nas suas noites em claro. minhas impressões, sua pele e as suas por meu corpo. no espaço entre meus braços, o encaixe de seus ombros. […]