Miss Blue recusa

se sua boca só dá conta da cerveja que transborda, não venha beber do meu amor.

Miss Blue se diverte

às vezes, sou divertida. mas, na maior parte do tempo, não esboço um sorriso. a felicidade brinca por dentro.

miss blue platoniza

o amor que não ficou foi o amor que jamais tive. e foi tão boa sua inexistência… ausência inesquecível.

miss blue dramatiza

cada lágrima me escapa… é excesso de amplidão. a vida toda fui de mim a minha melhor versão.

miss blue convida

quando você se cansar de ser qualquer coisa, vem cá e seja comigo.

miss blue pontua

tem gente que só acredita naquilo que lê. tem gente que só lê aquilo em que acredita. tem gente que não vê um palmo antes da esquina. tem gente que vira a esquina pra poder ver.

miss blue remói

errar não é previsto por lei. mas quem está livre do fiasco? e se o amor está em tudo… não sou mundo, mas sou pedaço.

miss blue varia

versátil como todas elas: choro conquisto amo jogo fora. versátil, como todas elas.

lívida

eu sou lívia gusmão. às vezes, miss blue. ainda não sei quem é a maior parte de mim, mas existo em fragmentos, palavras e silêncio. escrevo e ponto. porque as letras brotam em verso letra e prosa. não sou o vinho que resta, mas o que transborda da taça. toma-me com calma até a metade. […]