debaixo da tarja vermelha você vê
e suspira nos cantos que te prendem
o que come com os olhos e sente
escancarado e não se arrepende
esse farol distante porto inseguro
é o prazer em estado de alerta
gosta que seja assim obscuro
o seu mal na medida certa
a dose exata da palavra
os ais que você quer dar
o silêncio que quer ouvir
o fluido que quer encontrar
a um passo do abismo, o sim
corpo oscilante quer transformar
sua razão no querer imoral
atravessar e ultrapassar o sinal
Pode matar um EU deixo! Lindo Texto!
Obrigada pela visita, Douglas! Abraço!
Uau, que mistério… mas… porque vc não tenta aproximar a poesia mais da língua real, dando mais musicalidade… ? p.ex: “os ais” não dá pra cantar… é um termo muito restrito de poema, meio clichê
“debaixo da tarja” pode ser tão explorado! (tipo aquele som “é debaixo da saia…” etc (rs) Acho que o tema desses pode render umas dez letras de música (rs). criar mote a ser repetido… tarja preta, remédio, bula, receita. Outra coisa, lendo novamente, quantos ‘atores’ existem nesse poema? é no Simbolismo que os objetos tem vida e desejos? não me lembro; parece que o sujeito fica mudando de lugar, tenho que ver melhor isso. Também não descobri quem é que está confessando às quatro paredes. São os atores? Ou o corpo oscilante? Não ficou muito claro pra mim, se puder explicar melhor…
Sorry, Ziur, à minha poesia não se aplica nada disso… Não explico o que me é espontâneo… Beijos.
Parabéns por mais um lindo texto Lívia! Já tenho a melodia na cabeça. Para o bom entendedor, meia palavra basta (e para o bom compositor também).
Obrigada, Chris! Beijos!