Efemeridades

enquanto prova outros saboresando à deriva por entre luasfaço de conta que sou suaem inundadas horasem incontáveis chuvasenquanto vive o sonho aos paresque brilha e repousa nos aresatravesso bolhas de efemeridadessuas criações de amoresminhas infinitas dores

Miss Blue recusa

se sua boca só dá conta da cerveja que transborda, não venha beber do meu amor.

A traição é uma prisão

Recebi de um amigo por inbox: “Se não apostássemos quase todas as nossas fichas de felicidade no relacionamento amoroso, não sofreríamos tanto com a traição.” Imediatamente discordei.

simples demais

queria uma coisa simples, muito simples. porque o amor é simples, mas não é comum encontrá-lo por aí. queria ser o que fomos um dia, quando pouco se dizia. quando pouco se fazia questão de entender. queria paz e sossego, simplicidade e um pouco de poesia, enquanto você fotografava a vida em silêncio. quem sabe o […]

casa de partir

  não, eu não estou mais em nossa casa a chorar. deixei tudo que pesava e não dava pra levar. cama por arrumar, louça por lavar, corpo por amar. e o amor, de grande, me convenceu a partir. não, eu não trouxe nada que pudesse te lembrar e nem assim consegui deixar-te para trás. olha, […]

pra ficar

se eu somar os destroços, colar nossos pedaços, só o amor vai sobrar. nem a dor sombra vai deixar. um dia nada há de passar. *PARA O HOMEM QUE MAIS AMEI NA VIDA

prato cheio

com esse todo tanto de querer que tenho, nada mais adianta do amor voltar. para cada minuto de café e sossego, tantos infernos você me fez atravessar. numa balança injusta onde o peso maior é o da culpa do insucesso de não fazer o amor vingar, eu fico com o prato cheio da angústia de […]

eu sei o porquê

eu sei que te amo quando sua voz percorre e me diz que me quer com urgência. pelo calor de seus lábios quando me aquecem nas noites quentes em que sinto frio. eu sei que te amo pelo arrepio que me causa quando estamos em completo desatino. pelo silêncio de ternura quando me olha nessa […]

flores de mimos

eis a melancolia humana: lamentar a morte dos vivos. rolam, na face que não veja, as lágrimas que correm o risco. o que se condena com ferro, em brasa, na pele, o castigo. em outro peito, acalenta o amar por tempos banido. não me coloque em berlinda por carregá-lo comigo. a cada passo que dou, […]

o farol e o cais

quando o olhar é luz em noite sombria e a lembrança é o claro existir. quando o que sente é saudade da vida e o riso é a música mais linda do dia. quando crer é o único posto a assumir e estar lado a lado é tudo para se pensar. quando a alegria é […]