o pó das estrelas confunde sua visão
de que o universo conspira a favor
da sua estrada de constelação.
em mil galáxias já se perdeu
antes de encontrar sua rota-salvação
nessa nau deixada no espaço,
flutuando sem nenhuma intenção,
em desprezo aos satélites
que apontam a outra direção:
o caminho de corpos celestes
brilham para chamar sua atenção.
cuidado, menino astronauta do espaço!
você acabou de chegar ao lançamento
do mais novo cometa que vai cruzar
o seu céu por noites adentro,
mesmo que você não queira olhar.
nesse universo infinito de amor,
sempre pronto a acolher seus feridos,
o cometa aponta humilde
aquela luz que criou tudo, menino.
não se engane, você não pilota satélites,
nem estrelas, menino astronauta do tempo.
a luz que reflete sua nave,
menino, só ilumina o que tem dentro.