desistam, poetas,
de conquistar leitores.
a eles, nada devemos.
ao mundo, muito já demos
sutilezas incompreendidas,
belezas despercebidas
e uma trilha de esperança.
por dentro e por fora,
estamos cercados de egos.
poetas, eu lhes digo,
não sucumbam à soberba e à cegueira
da mendicância de afeto.