Nenhuma palavra é digna de tua beleza
Assim como não sou digna do luar.
Entretanto, isso tu não deves saber
Para que eu possa aproveitar de tua distração
E sugar-te todo este amor latente
Que me faz suportar a dor
Neste corpo dormente.
Só não poderia ser forte e invencível
Se esta dor fosse a dor de não te ter para sempre
Porque o sempre corrói.
E por ele não existir para nós
É que agüento não ver estrelas no céu
De mais uma noite sem ti.
O sempre de fato não há
Para que a roda possua vida.
O que há e habita esta terra perdida
É somente a hora do teu amor.
E que assim seja
Nem que o sempre exista.