Somos todos números.
Números pagãos.
Números que não pagam nossas contas.
Números que não apagarão nossos mortos.
Os novos motins.
Os velhos dotes.
Números inexpressivos na tabela da dor individual.
Números escritos e mal traçados.
Números quebrados arredondados, arredondando nossa ignorância.
Números altos da falsa estimativa.
Números da conta inativa.
Números cheios de vazio.
Nesses números já não me perco.
Números que não são uma grande perda.
Somos todos números.
Todos zero à esquerda.