nada de vestido branco
nada de grinalda
marialva estava lá
sentada ao pé do altar
alva de tanto chorar

nada de castelo de sonho
uma casa de areia pra morar
uma vida seca a viver
uma alma seca a se esvair
um deserto negro pra decorar

marialva não pedia nada
nada de cortinas rendadas
nem ouro no dedo anelar
apenas um amor que quisesse
ao lado dela deitar

e sonhar colorido frente ao mar
com vestidos de chita e macarrão
uma taça de vinho a brindar
beijo na boca pra amar
e o sorriso branco no portão