Involução.
Invólucro da mente.
Impiedoso feitor que escraviza minhas horas vazias.
Quero chorar.
Gritar.
Espernear feito criança.
Até cair dura como aqueles cadáveres do meio-dia
Que se deixam abater
E escoram seus corpos no asfalto,
Como berrando “olha eu aqui,
Não mais vivo, mas aqui!”.
Comemorar o quê?
O fracasso ninguém comenta.
Silêncio sepulcral, para quem não tem assunto,
Significa a salvação da espécie.
E no meu caso é a única coisa
Que me enche de esperança.