♥ imagem concedida por weheartit.com/bruh ♥

No balé dos corpos
A leveza das curvas
Dizem mais
Que um discurso de som.
Um sobre o outro
O outro sobre um
E já não sei mais se sinto
A pluma dos corpos se tocando
Ou o suor do esforço para o movimento.
Não são carnes, nervos ou músculos
Nem almas e mentes em desatino.
É só beleza.
A beleza da forma
Que da imperfeição faz-se obra irretocável.
É o balé da geometria irregular,
Da geografia das planícies e vales,
É a matemática das ondas
Que ora crista, se pisca, base.
E nessa freqüência, se alguma voz me fosse dada,
Não seria silêncio,
Mas gemido.