eis a melancolia humana:
lamentar a morte dos vivos.
rolam, na face que não veja,
as lágrimas que correm o risco.

o que se condena com ferro,
em brasa, na pele, o castigo.
em outro peito, acalenta
o amar por tempos banido.

não me coloque em berlinda
por carregá-lo comigo.
a cada passo que dou,
germinam flores de mimos.

assim, em campos cinzentos,
floresço por todo o caminho
com a chaga aberta em aromas
de amor pleno e sozinho.

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