velo o que em mim carrego
sem nome ou glória a lacerar.
me abre o ventre com o gládio
e das entranhas há de escapar
o que largaste dentro de mim,
sem saber, teu grande prêmio
em moeda de caridade
castigo ou recompensa.
gero a tua natureza morta
no colo bastardo e cálido,
sobrevivente do fio da navalha.
jaz aqui teu degenerado.
fio da navalha
3 respostas
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Lívia, seu estilo único só tem espelho aqui. Ímpar o que leio!
Somos todos únicos em emoção e interpretação. Gosto de saber que posso contar com as suas, Eduardo!
Perseguição
Fechei a porta da minha casa suavemente e tranquei-a silenciosamente, como se tivesse antecipadamente maquinado o meu desaparecimento, e agora… tenho a impressão de que sou a única testemunha da minha própria ausência…