hey, baby, não adianta fazer assim
porque o tempo passou pra você
mas também correu pra mim.
e agora eu não quero mais seu destilado,
esse líquido quente biliático que me serviu.

não, não vem com essa de que nosso amor
foi tão lindo e tem uma vida pra contar.
porque dessa história já tô cheio demais
e vou vomitar todos os seus nãos.
baby, não sabe o que é ter de engolir essa droga
que você me injetou todo esse tempo.
o que você queria? caiu na corrente
tomou meu corpo e agora quer é sair
pelas orelhas…

nem vem com essa de romance, querida…
essa ferida abriu tem dias nessas horas
e eu não quero mais segurar na sua mão
e te ensinar a andar no labirinto que você
criou com pouco caso sobre nosso
caso de amor infindável…

hey, baby, tudo acaba enfim…
se havia alguma chance, pode esquecer,
você colocou um ponto final nesse blablabla
que eu chamei de amor.
se houvesse um jeito de curar toda a dor
ah eu teria encontrado,
mas até a esperança acabou
e mandou lembranças para o blablabla
que você calcificou.

não, querida, eu não vou te ensinar
a sorver o doce do vinho barato que escolhi
pra me embriagar bem longe da sua companhia.
não vem me ludibriar com seus olhos de preguiça.
a minha lucidez fica
no porta-retrato que deixo pra você
na saída.

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