me chama me puxa
me rouba todo o ar
me empurra me deixa
me pede um pouco mais
me pega de jeito
diz que não é assim
me jura de morte
fala que nunca mais
me quer do seu modo
eu mudo a translação
que a lua espera
e clama por paixão
me morde me arranha
diz que não quer sofrer
me beija me acolhe
me joga aos seus pés
me afoga na ilha
me deixa não fugir
me tira com vida
pra eu poder voltar
me vira no avesso
a vida e o coração
me põe no seu bolso
me leva com você
me fode a cabeça
provoca sem querer
me injeta na veia
eu corro por você
me prende entre as pernas
me põe em perdição
me pede com jeito
eu faço o que quiser

2 respostas

  1. gostei “do seu jeito”, quer dizer, seus poemas (como o blog)são muito limpos e claros. Visualmente clean, uma festa da harmonia para quem os vê. Mas ao lê-los, a paixão quebra a porta ao deixar que se diga: eu quero.

    abraços,

    Jorge

    1. O dono dos poemas modernos visitou meu blog. E agora? Onde enfio minha cara?
      Jorge, seus poemas são belíssimos também! O que fazemos senão transformar momentos, imagens, imaginações em traduções nem sempre compreensíveis aos olhos mundanos? Não somos daqui.

      Beijos,

      Lívia Gusmão