Vozes.
Gritam, sussurram, imploram, choram.
Acusam.
O ar me falta e as mãos tremem.
É um pesadelo?
Não. É real.
Ou não.
É a minha realidade,
o mundo que criei em minha mente.
Uma cidade perdida no meu mapa,
cheia de fantasmas.
A respiração difícil tenta puxar todo o ar.
Não consigo.
Ordem. As vozes ordenam.
Meus olhos já não conseguem medir a
distância entre mim e qualquer coisa.
Tenho um rio nos olhos. Um rio morto.
É um mundo novo, um ano novo, um morto novo,
um velho tema.
Críticas. Você é isso e aquilo outro e, quem dera,
não fosse mais.