Espero.
Confundo motores, mas quando o apito toca, é imprescindível: não é você.
Espero mais um pouco. A eternidade se for preciso, desde que seja eterna nossa juventude, nossa música e nosso amor. É claro que são.
Espero. E espero poder falar-lhe da falta que sinto de você e tudo o mais que seja você. Mas do que sinto saudades mesmo é da sua alma. E acho até legal a informalidade que se instalou em meu texto desde o dia em que você passou a fazer parte do meu contexto. E ainda posso brincar de francesa “trè chic” e dizer as poucas palavras que aprendi só por causa de você, desde o dia em que eu nasci.
Já não tinha preocupação com métrica e agora até esqueci a diferença entre rima e prosa.
Talvez, com algum esforço, possa lembrar-me de tais conceitos, mas desde que o olhei direito, de canto e estreito, ceguei as vistas para o outro mundo. Entrei na sua órbita sem anéis, porque deles não preciso.
E só sei que agora é madrugada porque ainda espero você brilhar no meu céu e me amanhecer.