eu quero tanto ir,
mas tanto!
buscar o que deixei cair
no seu colo e que cuidou
aos prantos.
eu quero tanto voltar
ser parte
dessa paisagem ímpar.
do sol que nasce e parte
em obra-prima.
das matas que brotam
na periferia
de cara pro mar,
a grandiosa poesia.

ah mas eu quero tanto
me revolucionar.

eu quero tanto que se eu voltar
é bem capaz de não saber
do seu colo e do que deixei cair
pra depois resgatar.
a beleza é tanta
quanto a vontade de te ver.
de sentir essa brisa que cola
sorvida na pele que sua
as bromélias do jardim.
do som dos bambus ao vento
dando ritmo ao movimento
e som ao nosso festim.

eu quero tanto ir
que nem cheguei a sair.

16 respostas

  1. E não pense em ir
    sem antes me falar.

    Não queira partir
    sem me convidar.

    Pois só assim
    irá me conquistar.

    ————————

    Está perfeito! Até me deu uma motivação 😀 e não me aguentei em dar uma ‘resposta’ ao post 😉

    Talvez não tenha o mesmo sentido, mas, aprendi contigo, o que vier na cabeça é puro, o resto é artificial o/

    bjão Li :*

    1. Exatamente, Alex! O que se faz pensando muito perde a essência, ainda mais quando o que importa é o que está fora da razão. Igual às músicas que escolhemos para integrar nosso repertório e às pessoas que escolhemos para nossas vidas. Um beijo enorme, meu bro!

  2. Não conheço não, e confesso que nunca senti muita vontade – clima quente me deixa irritado.

    Mas depois de uma ode dessas, não mais descarto a possibilidade.
    =D

  3. Lindo, lindo, lindo!!

    “Do som dos bambus ao vento
    dando ritmo ao movimento”

    Guria, consegui até ouvir melodia disso aqui! Coisa linda!!
    Como alguém que também gosta de escrever, sei que o que você precisa ouvir não é “Parabéns!”, mas sim “Suas palavras me alcançaram!”

    Demais!

    Grande beijo!

    1. Como diria Miss Blue:

      “Eu não tenho métrica.
      Não penso pra escrever.
      Se rima, é sorte
      Ou azar de quem lê.”

      Eu vou porque, se nossa prosa é boa, imagina o sentimento do seu texto 🙂