peguei papel e giz de cor
pra desenhar no mural
o destino que queremos ter.
você falou da falta que faz o calor
do sol das seis e do nosso amar
com poros liberando o vapor.
tudo que sou capaz de fazer
para estar com você são milagres
que você nunca, nunca ouviu dizer.
buscar estrelas e anéis planetários
qualquer poetinha faz. Eu sou humana!
sou da rua bem longe da sua.
o que são algumas milhas de quadras
para quem arremessa no céu
constelações de estrelas do mar?
o santo move montanhas. Eu sou humana!
deslizo oceanos e arrasto países
com pranchas continentais.
eu laço dragões de luas perdidas
galáxias que nem chegaram a avistar.
tudo tão perto à minha medida…
eu sou humana!
coisa mundana essa de querer explicar
a mudança da trilha do vento
e a onda que vem arrastar…
tudo que foge aos olhos está pendurado
no cristal colorido e inquebrável
no teto da casa em que vamos morar
tudo que foge aos olhos está desenhado
com um sopro de poeira estelar
que faz você lumiar.
Muitas partes bem musicais.
Oi Lívia! Belo texto! Um sopro de inspiração e que não se dissipará na poeira do pensamento…