Livre na dança

Sem base, sem crase Sou eu. Livre na dança. Sem ponto, sem porto. Deixo a lucidez Para quem faz questão. Para o resto O resto é só compaixão É só com paixão que se dança Se dança na linha Da sua mão.

Imortalizar

Vivo de escrever. Só quem me entende são os loucos, os artistas. O resto é só um complemento que, descaradamente, utilizo para alimentar os meus textos. Desgraças rotineiras acompanham minhas palavras. Quem debocha da arte nunca poderá ser um artista. Não sente a cor, o som, o movimento. É apenas um moribundo nas ruas do […]

Operário da Lua

A luz do operário Apática aos movimentos do vento Brilha dias numa cor Pra lembrar seu sofrimento. Minha boca se abre sonolenta. O grito do apito da fábrica, esperneando aos meus ouvidos preguiçosos… Nada a fazer, espero. Escrevo. Espero. Uma luz débil ilumina o pátio. Todos cinzas nas cinzas das chaminés. Café magro de queimar […]