Poetas, desistam

desistam, poetas, de conquistar leitores. a eles, nada devemos. ao mundo, muito já demos sutilezas incompreendidas, belezas despercebidas e uma trilha de esperança. por dentro e por fora, estamos cercados de egos. poetas, eu lhes digo, não sucumbam à soberba e à cegueira da mendicância de afeto.

Miss Blue se diverte

às vezes, sou divertida. mas, na maior parte do tempo, não esboço um sorriso. a felicidade brinca por dentro.

Mundinho besta

o mundo das aparências engana. o mundo das máscaras cai. o mundo da vergonha é alheio. o mundo da tristeza não tem fim. o mundo do pássaro na mão não voa. o mundo roda moinho à toa.

Palavra Rasa

giz e palavra, mesma raiz. seu pouco uso, rasa medida de peso e matiz. em demasia, língua minguada em leviano frenesi.

Emplastro silencioso

O poeta é o revelador da cegueira universal.

Não há nada que cause mais surpresa do que a tristeza cotidiana. Sabe, a tristeza não é algo que se escolhe e, como já escrevi, não é um motivo para competir. “Minha tristeza é maior do que a sua” não existe. Existe respeito à tristeza do outro e ao próprio sentimento de perda. Existe o […]

O achismo ultrapassa os níveis da intolerância

O achismo ultrapassa os níveis da intolerância

Sabe aquelas listas do tipo “Seu amigo é reaça se segue essas páginas no Facebook” ou “Seu chefe é homofóbico se segue essas fanpages”, criadas e disseminadas por sites diversos? Então, joga essa porcaria de lista no lixo. Deleta.

Coragem para hoje

“Coragem para mudar, para arriscar, para romper, para fechar ciclos que há muito tempo deveriam ter terminado.”

Vergonha por quê?

A primeira sensação é de nos sentirmos envergonhados, ridicularizados ao máximo, porque não temos moral lá fora, agravada por nossa representatividade política. Conhecem do Brasil a bunda, o peito e a falta de educação – e de Educação.

Mimimi: fui eu ou foi você?

Alguém me explica? Quando atualizava meu blog diariamente com textos críticos, observações, poesias e afins, ninguém dizia que eu estava “floodando a timeline”, ou que eu estava de mimimi. Pelo contrário, ganhei leitores assíduos e amigos com isso. Hoje, no Facebook, qualquer crítica ou observação (à TV, ao governo, ao vizinho) é entitulada de mimimi […]

Perdão

Alguns escritores me tiram do estranhamento. O estranhamento que percebo nos olhares dos outros e que, muitas vezes, se torna meu próprio estranhamento sobre mim. Penso “eles têm razão, eu sou mesmo exageradamente intensa, não posso continuar com isso, é inaceitável!”